Primeiras Oficinas realizadas pelo Projeto Afrobatuque em Floresta/PE - Setembro de 2011 |
O Ponto de Cultura – TAMBORES DA RESISTÊNCIA é constituído a partir da experiência do Instituto Cultural Raízes, no desenvolvimento de ações culturais concretas, em que se destaca a realização de oficinas de percussão, danças e audiovisual, entre outras, voltadas para a vivência, valorização e preservação da cultura afro-brasileira e indígena, com base nas Leis 10.639 e 11.645.
Oficina de Maracatu de Baque Virado, na Fazenda Barra do Juá, zona rural de Floresta/PE |
O PROJETO AFROBATUQUE
O Projeto Afrobatuque, é a principal iniciativa do Instituto Cultural Raízes, de caráter amplo e abrangente, atendendo a crianças, adolescentes, jovens e adultos, tendo como objetivo principal a construção da identidade sócio-cultural, a vivência em comunidade e a formação para a cidadania, na perspectiva da transformação social.
A iniciativa se deu a partir da experiência de outro Projeto desenvolvido pelo Instituto Cultural Raízes, no período de 21 a 25 de setembro de 2010, denominado de IDENTIDADE CULTURAL, concebido a partir do que determinam as leis 10.639 e 11.645. Tinha como proposta inicial à realização de oficinas percussivas de ritmos afrobrasileiros, tais como o Maracatu de Baque Virado e o Afoxé. No entanto, foi sendo ampliado, incluindo-se danças tradicionais e populares, audiovisual, entre outras ações que foram sendo adicionadas.
O Projeto Afrobatuque entre os anos de 2011 a 2012 interagiu também com o Projeto Juventude e Cultura.
PORQUE TAMBORES DA RESISTÊNCIA
O nome Tambores da Resistência vem a ser incorporado ao Projeto Afrobatuque, no ano de 2017, diante da conjuntura política do Brasil, e a extinção do Ministério da Cultura à época, no dia 24 de maio, em ato público realizado em Floresta/PE.
Como toda a concepção da criação do Projeto gira em torno dos Tambores, significa que esses mesmos Tambores são expressão da resistência histórica, humana e cultural dos povos tradicionais, e também resistência social e política, partindo da concepção do fazer cultural como forma de movimento por transformação social.
AÇÕES NA PERIFERIA, COMUNIDADES QUILOMBOLAS E INDÍGENAS
As ações prioritárias do Ponto de Cultura – Tambores da Resistência se concentra prioritariamente nas comunidades de periferia, nas Comunidades Quilombolas e Indígenas de Floresta e região.
CERTIFICAÇÃO COMO PONTO DE CULTURA
Em meados de 2018 iniciou-se o processo de cadastramento na Rede Cultura Viva, com o intuito de obter a Certificação como Ponto de Cultura, o que ocorreu no dia 08 de março de 2019.
AÇÕES ATUAIS
Atualmente as atividades do Ponto de Cultura – TAMBORES DA RESISTÊNCIA estão sendo retomadas/reconstituídas e desenvovlidas, desde março de 2022, após uma interrupção de dois anos (março de 2020 a março de 2022), devido a Pandemia de Covid-19. As atividades acontecem nas Comunidades do Bairro Dner/São Francisco com o Espaço Cultural Arte e Vida e, no bairro do Escondidinho/Vulcão, com o Espaço Cultural Mestre Elias de Flora, ambas comunidades localizadas na periferia de Floresta/PE.
Entre as atividades desenvolvidas, se destacam as oficinas de percussão, a organização de grupos culturais, o audiovisual, a organização social e a construção de políticas públicas de cultura.
Outra ação de grande relevância que vem sendo desenvolvida pelo Ponto de Cultura – TAMBORES DA RESISTÊNCIA é a vivência das Tradições de Terreiro com a Comunidade Quilombola de Floresta, que deu origem, inclusive, à criação do Centro de Tradições Quilombolas, Guiomar Emília de Jesus e a criação do Grupo Cultural Samba de Jurema.